Humanização: pronto-socorro do HM implanta atendimento por classificação de risco

O Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi” implantou no pronto-socorro uma nova forma de triagem baseada no protocolo de Manchester. O objetivo é identificar os pacientes que precisam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

O novo método substituiu o atendimento por ordem de chegada no dia 1º de dezembro, mas os resultados já podem ser verificados. “Apesar do pouco tempo de implantação, já percebemos uma melhoria importante. Ao priorizar os casos mais críticos estamos humanizando ainda mais o atendimento e agilizando com foco na gravidade”, destacou a superintendente da Fusame (Fundação de Saúde de Americana), Lilian Godoy.

O protocolo de Manchester classifica a urgência de atendimento dos casos por cores:

Vermelho – Emergência: é destinada aos pacientes que se encontram em estado gravíssimo e com risco de morte, que necessitam de atendimento imediato, como quadros de queimadura em mais de 25% do corpo, problemas respiratórios, dor no peito relacionada à falta de ar, crises de convulsão, trauma cranioencefálico, tentativa de suicídio, parada cardiorrespiratória, hemorragias incontroláveis, entre outros.

Laranja – Muito urgente: essa cor é para casos considerados muito urgentes e com risco significativo de morte. O tempo de espera aproximado é de até 10 minutos. Abrange casos, como arritmia cardíaca sem apresentação de sinais de instabilidade, cefaleia intensa com rápida progressão, dores severas, etc.

Amarelo – Urgente: abrange os casos urgentes de gravidade moderada com necessidade de atendimento médico, mas sem riscos imediatos. O tempo médio de espera é de até 60 minutos e classifica casos, como desmaios, dor moderada, vômito intenso, crises de pânico, hemorragia moderada, picos de hipertensão, alteração dos sinais vitais, entre outros quadros clínicos.

Verde – Pouco urgente: a cor verde é para casos considerados menos graves. O tempo de espera pode ser de até duas horas e abrange pacientes com dores leves, torcicolo, enxaqueca, estado febril sem a presença de alterações vitais, resfriados e viroses, náuseas e tonturas, hemorragia controlada, asma não diagnosticada como quadro de crise, etc.

Azul – Não urgente: essa cor representa a classificação mais simples para casos que o paciente pode aguardar atendimento ou ser encaminhado para outra unidade de saúde. O tempo de espera pode ser de até quatro horas e envolve pacientes com queixas de dores crônicas, aplicação de medicação com receita, troca de sondas, entre outros.

Atualmente, o pronto-socorro do HM tem a seguinte média de atendimento: 4% de casos classificados como vermelho ou laranja; 19% como amarelo; 31% como verde; e 47% como azul.

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